A pior coisa que pode acontecer em nossa boca é a perda de um dente, certo? Além de prejudicar a estética do sorriso a perda de um dente pode ocasionar problemas na saúde bucal. Por isso a odontologia desenvolveu os implantes dentários, entretanto, se não colocados com atenção podem provocar problemas ainda maiores.

O que é a peri-implantite?

A peri-implantite é uma doença infecciosa na gengiva e nos ossos ao redor do(s)
implante(s) dentário(s) que causa dores e incômodos resultando em perda óssea,
que ocorre rapidamente, caso não diagnosticada precocemente o implante pode
cair.

Como saber se tenho peri-implantite?

Antes de fazer um implante o paciente deve estar com a saúde
bucal em dia, muitas vezes o procedimento de implantação do dente ocorre bem
porém com o passar do tempo a peri-implantite começa a aparecer. Seus principais
sintomas são:

  • Hemorragia durante a sondagem;
  • Vermelhidão na gengiva na área do implante;
  • Supuração;
  • Aumento da profundidade da gengiva;
  • Perda óssea;
  • Mobilidade do implante.

Porque essa doença surge?

Ela pode surgir por conta de um trauma oclusal do paciente,
contudo, o mais comum é que a peri-implantite surja pela falta de higiene
bucal, escovação incorreta que danifica os tecidos moles da gengiva ou escovação
ineficiente que deixa resíduos na boca aumentando a chance de crescimento das
bactérias.

Apesar de ser mais comum quando há presença dos implantes, a
peri-implantite também pode surgir em dentes naturais, apesar de ser raro pois
os dentes aderem à gengiva mais efetivamente que os implantes.

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Devo fazer o tratamento ou remover o implante?

Tudo vai depender do seu diagnóstico e do seu dentista,
retirar o implante normalmente gera problemas tanto ao dentista quanto ao
paciente por ser um procedimento traumático, porém em alguns casos a remoção é
necessária. O tratamento, por outro lado pode acabar saindo mais caro do que o
próprio procedimento para colocar o implante.

Após a avaliação, o que determinará o que deve ser feito se dão com base em cinco fatores clínicos:

  1. Mobilidade: O implante osseointegrado não pode apresentar
    mobilidade, caso apresente deve ser extraído.
  2. Comprimento: Os implantes menores de 10 mm ou com defeitos
    ósseos que acometam 50% ou mais de seu comprimento devem ser retirados .
  3. Defeito de anatomia: Defeitos de uma a duas paredes são
    menos favoráveis a tratamento, entretanto este pode ser realizado caso o
    dentista recomende, defeitos com três paredes e quatro são mais favoráveis.
  4. Tipo de superfície: Os implantes que possuem superfície com
    hidroxiopatita e anodizada devem ser removidos pois por conta da
    peri-implantite acabam sendo dissolvidas ou completamente contaminadas.
  5. Muitos fatores: Quanto mais o implante apresente os fatores
    clínicos citados pior é o resultado de um possível tratamento, tornando a
    remoção do implante o melhor a se fazer.

Como fazer a prevenção?

A prevenção é muito fácil e depende totalmente de você! pois
a melhor prevenção é a higiene bucal. É muito importante manter a higiene bucal
e fazer uma revisão frequente no dentista a cada 6 meses para evitar vários problemas, não apenas a peri-implantite.