A Endodontia é uma especialidade odontológica que estuda a polpa do dente, o que engloba os canais radiculares presentes dentro da polpa, os tecidos periapicais e as doenças que os afetam.

O que é a polpa dentária?

A polpa é compreendida como um tecido no interior do dente que é responsável pela vitalidade dos mesmos, ela abrange desde a câmara pulpar da coroa até a raiz do dente, neste estão contidos: nervos, artérias e vasos linfáticos.

O que é pulpite?

A pulpite é uma inflamação na polpa do dente, a polpa é um tecido que garante a vitalidade do dente, se encontra na parte mais interna do dente e contem nervos e vasos sanguíneos.

O principal sintoma da pulpite é a dor, tendo a possibilidade de ser intensa e aumentar com a presença de estímulos como a mastigação e a temperatura dos alimentos (quentes ou frios). Esta dor pode mudar dependendo da gravidade da pulpite, se tornando espontânea.

A inflamação pode determinar dois graus de pulpite: A pulpite Reversível e a Irreversível, na reversível os nervos e vasos da polpa ainda não estão totalmente destruídos apesar da inflamação, podendo melhorar com o tratamento e a remoção da causa do problema. Na pulpite irreversível os nervos e vasos já estão necrosados e a polpa não pode ser mantida, e por isso deve ser removida e substituída.

Existem quantos tipos de pulpite?

Pulpite Aguda

Na pulpite aguda as lesões ocorrem em um curto período de tempo, com uma média de 2 a 14 dias, as dores costumam ser contínua, forte, aumentar quando a pessoa deita-se e reagir fortemente a fatores como o frio e / ou o calor. Divide-se em:

  • Pulpite Serosa – É a fase inicial da pulpite onde há secreção (sem pus), formação de exsudado seroso e a dor é mais tolerável. 
  • Pulpite Purulenta – Evolução da pulpite serosa, nela há acúmulo de pus e há um aumento significativo na dor e nos sintomas da pulpite. 

A pulpite aguda costuma ser reversível, pois como a dor é mais forte é mais fácil que procurem um dentista, entretanto se não tratada rapidamente pode se tornar irreversível.

Pulpite Crônica

Na pulpite crônica a inflamação e a degeneração do dente ocorrem lentamente comparadas à pulpite aguda. 

  • Pulpite Ulcerativa – É quando a coroa do dente se desgasta e a superfície da polpa entra em contato com o meio oral, originando uma úlcera que sangramento com muita facilidade. 
  • Pulpite Hiperplástica – Quando há uma grande abertura da câmara pulpar, a polpa do dente é exposta e forma um pólio de cor avermelhada que causa sensação de pressão.  
  • Pulpite Esclerosante – É degenerativa e comum em idosos, pois com o tempo o organismo vai reduzindo a dimensão da câmara pulpar, expondo a polpa. 

O que causa a pulpite?

A principal causa da pulpite é a carie, quando a inflamação é pelas bactérias da cárie; elas destroem os tecidos dos dentes, começando pela coroa e podendo chegar até a polpa dentária, causando a infecção e assim a pulpite.

A pulpite também pode ser causada por traumas como batidas no dente (pulpite traumática), onde o trauma afeta a polpa, mesmo que o trauma não resulte na fratura do dente a polpa pode ser afetada. Existem causas menos comuns, porém valem a pena serem citadas como: bruxismo e mastigação incorreta que podem causar traumatismos na poupa, periodontite que se não tratada pode corroer tecidos mais profundos, e agressões por ácido, mudanças bruscas de temperatura, radioterapia ou quimioterapia.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é feito pelo dentista, logo após diagnosticar que existe uma inflamação, o dentista ou endodontista averigua se a polpa já esta necrosada ou se ainda pode ser salva.

Normalmente o diagnóstico é dado como pulpite reversível quando a dor cessa imediatamente ou após alguns segundos da retirada de um estímulo frio, colocado no dente como teste. Caso a dor não passe é diagnosticado como irreversível.

Outra forma de diagnóstico é a radiografia, onde o dentista pode se certificar da existência e extensão das cáries para perceber o resultado de uma possível infecção.

Quando a pulpite reversível é detectada o tratamento é feito com a remoção do que esta causando a infecção, em caso de cárie pode ser feita uma restauração no dente, e em caso de trauma o tratamento pode ser feito com repouso e uso de anti-inflamatórios indicados pelo dentista / endodontista.

O tratamento da irreversível é mais complicado, é feito por um endodontista que realiza o tratamento de canal, retirando a polpa do dente e substituindo-a por uma obturação. Em casos onde o tratamento de canal não resolve por conta da necrose é necessário que haja a extração do dente.

Quando a pulpite apresenta sinais de infecção ou é purulenta, o dentista poderá indicar o uso de antibióticos. Também pode prescrever analgésico ou anti-inflamatório para aliviar a dor.

O que é o tratamento de canal e porque ele é necessário?

O tratamento de canal também conhecido como tratamento endodôntico consiste na remoção da polpa dentária, a polpa quando sofre lesões ou está doente não consegue se recuperar caso não seja tratada, ao invés de se recuperar ela necrosa, por isso o tratamento é necessário. Caso a polpa doente não seja removida pode ocasionar novas doenças, infecções e lesões, infectando os dentes e tecidos próximos.

Além de prejudicar a saúde bucal do individuo, as lesões podem ocasionar osteomielite nos ossos do maxilar ou bacteremia, podendo infectar qualquer órgão do corpo humano e colocando em risco a saúde e às vezes até mesmo a vida do individuo.

 O tratamento geralmente requer três sessões, durante esse período de tempo é feita a extração da polpa. A câmara pulpar e canal radicular são desinfetados em caso de pulpite reversível, ou obturados em caso de pulpite irreversível.

Quando é feito o tratamento é necessário visitar regularmente seu endodontista enquanto não há a recuperação dos tecidos, após a recuperação, o dente pode durar por toda uma vida caso a higiene bucal seja mantida.

Que tipo de tratamento a Prime Sorriso disponibiliza no tratamento de canal?

Primeiro precisamos limpar e preparar o canal para assim fazer a obturação do dente, para o preparo do canal nós utilizamos o Movimento Reciprocante.

O movimento reciprocante foi introduzido em 2008, reduz a fadiga clinica e apresenta uma nova perspectiva. Várias pesquisas apontam que o movimento reciprocante tem maiores vantagens em relação aos movimentos rotacionais, principalmente em canais curvos. O principal objetivo dos movimentos reciprocantes é minimizar o risco de fraturas.

Após o preparo do canal é feita a obturação, ela é feita para selar toda a extensão da cavidade endodôntica, ou seja, o material ocupa todo o espaço anteriormente ocupado pela polpa.

A nossa clínica utiliza o Cone Único como técnica de instrumentação dos canais radiculares, mas quais as vantagens desta técnica?

A técnica de instrumentação Cone Único tem como objetivo simplificar o tratamento endodôntico utilizando apenas um único instrumento rotatório. O Cone Único abre possibilidades de uma instrumentação com maior agilidade, reduzir a fadiga do instrumento que passa a sofrer tensão apenas uma vez e eliminar a possibilidade de contaminação cruzada.